Godzilla: O Devorador de Planetas conclui de forma frustrante saga animada do Rei dos Monstros


Após um segundo longa metragem sólido com bom desenvolvimento, Godzilla: O Devorador de Planetas peca no excesso e traz um dos filmes mais efêmeros do Rei dos Monstros.

Encerrando a trilogia animada da Toho, Godzilla: O Devorador de Planetas tem a grande missão de encerrar a complexa história criada por Hiroyuki Seshita e Kobun Shizuno e ainda re-apresentar o maior inimigo de Godzilla: King Ghidorah.

O capítulo final de Haruo e Metphies

O filme inicia logo após os eventos vistos em "Cidade no Limiar da Batalha", onde os humanos travaram uma intensa batalha contra Godzilla na cidade Meca-Godzilla. Haruo está abalado porque sua amiga Yuko está em estado de coma depois de ter entrado em contato com a nanotecnologia da cidade.

Paralelo a isso na nave Aratrum, os humanos e os Bilusaludos discutem qual será o destino de Haruo depois dele ter comprometido toda a operação para derrotar o Rei dos Monstros. Por baixo dos panos, Metphies está criando uma seita "sinistra" para trazer Ghidorah para derrotar Godzilla e devastar o planeta Terra junto com ele.

Godzilla luta contra o implacável Ghidorah - Foto: Reprodução internet

Chega King Ghidorah

"O Devorador de Planetas" como o título sugere é o longa que traz King Ghidorah pela primeira vez desde o filme "Godzilla, Mothra and King Ghidorah: Giant Monsters All-Out Attack" de 2002. Um personagem emblemático dentro da franquia e amplamente respeitado pelos fãs.

A direção de Seshita e Shizuno é certeira em criar o suspense até a revelação do Kaiju. A preparação já havia sido feita no filme anterior e continua até o segundo ato do terceiro longa. A nova história de Ghidorah é mais elaborada, mas acaba perdendo o charme quando o monstro aparece em tela. Talvez seja a versão menos aterradora de Ghidorah e mais preguiçosa. O lendário Dragão de três cabeças parece uma grande serpente dourada que pouco lembra o colossal Kaiju.

Como se não bastasse o visual ruim, a batalha de Ghidorah contra Godzilla praticamente não existe. Já que o monstro imobiliza o Rei dos Monstros em um momento especifico e fica desse jeito até o clímax final. A verdadeira batalha do filme é entre Haruou e Metphies, uma luta mental recheada de flashbacks e mostrando o verdadeiro propósito do Exif. Em um momento especifico desse transe mental, acontece uma cena (talvez a mais interessante desse filme) onde um outro personagem da franquia aparece brevemente.

Uma das cenas mais brilhantes do terceiro filme - Foto: Reprodução internet

Uma saga esquecível?

Apesar de bons efeitos especiais e uma trilha sonora muito bem elaborada, a trilogia da Polygon com a Toho é uma das obras mais complicadas de Godzilla. Apesar de ter uma ideia bem sólida e um universo muito interessante, tudo é mal executado e bagunçado. O Rei dos Monstros que era pra ser o protagonista, é apenas um coadjuvante no meio da batalha dos humanos com as raças alienígenas.

Tudo que é construído para o personagem Haruo é simplesmente descartado nessa terceira parte, apesar do final ter um significado plausível dentro dos acontecimentos mostrados no longa metragem. Godzilla continua sendo um ícone sólido dentro da cultura pop e um dos pilares do entretenimento nipônico, mas a trilogia animada distribuída internacionalmente pela Netflix não faz jus à história do monstro mais popular de todos os tempos.

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