O crime compensa no novo romance policial francês O Crime é Meu



Com protagonistas femininas, humor e claro, crime, o longa francês O Crime é Meu chega aos cinemas com uma divertida história de como, para duas mulheres nos anos 1930, o crime compensa sim.

Madeleine Verdin e Pauline Mauléon são duas amigas que dividem um apartamento e estão a beira da falência. Madeleine é atriz e anseia por sua estreia nos palcos, enquanto Pauline é advogada e só consegue pequenos casos insignificantes.   

Com tantas contas para pagar, problemas de relacionamento e pressões sociais, as duas recebem a solução de seus problemas na forma de um crime. Madeleine foi assediada por um produtor teatral e, enquanto retornava para casa arrasada com mais um fracasso e por ter sido assediada, o criminoso é assassinado.

Claro que a polícia procura Madeleine imediatamente, pois foi uma das últimas pessoas a vê-lo vivo. Após o choque inicial, as duas bolam um plano: e se Madeleine assumisse a autoria do crime e Pauline fosse sua advogada de defesa? Afinal de contas, a Srta. Verdin tinha sofrido um assedio sério e teria cometido o ato apenas por legítima defesa.

Duas moças, uma jovem atriz injustiçada que com certeza teria sua carreira alavancada pela polêmica e uma jovem advogada que venceria o caso que definiria sua carreira! O que poderia dar errado? Na verdade várias coisas, mas o destino e muito jogo de cintura das duas protagonistas fizeram com que no fim obtivessem sucesso.

A produção é tão bem ambientada que parece um filme antigo, apesar de ser uma produção super atual com lançamento em março de 2023. A trilha sonora, cenários e a própria escolha do elenco torna a produção bastante convincente como se fosse uma história de época. Talvez o fato de ser uma produção francesa ajude a carregar essa energia de ser algo autêntico.

Um dos pontos mais interessantes do filme é justamente o total foco no elenco feminino, que possui todo o destaque e impacta diretamente na resolução das problemáticas apresentadas na história. Claro que foram necessários alguns homens no caminho, pois estamos falando de 1930, mas nada que uma conversa e um charme não resolvessem. A dupla estava determinada e focada em seu objetivo.

Longe de ser uma história de detetive clássica, O Crime é Meu se utiliza de muitos elementos do romance policial para contar uma clássica história de como duas mulheres se aproveitam do patriarcado para melhorar suas vidas e a de muitos a sua volta, construindo um divertido conto feminino em uma época que o crime compensava sim para as mulheres.

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