Atômica apresenta protagonista feminina forte e habilidosa em trama sobre espionagem


Uma das melhores agentes do MI6 é enviada para uma complexa missão na Alemanha e terá de usar todas suas habilidades para salvar sua própria pele, seus colegas de trabalho e até seus inimigos, em uma guarda-roupa invejável e um platinado atômico.

Atômica segue a história de Lorraine Broughton (Charlize Theron), agente secreta do serviço britânico durante a Guerra Fria. A espiã é enviada para Berlim no auge dos conflitos na dividida capital para recuperar uma importante lista que pode comprometer agentes secretos de todo mundo com a revelação de suas identidades, caso caia em mãos erradas.

Para isso, Lorraine se encontra com seu contato na Berlim Ocidental, o agente David Percival (James McAvoy), que está alocado em Berlim há tempo suficiente para se misturar entre informantes e inimigos e não inspira nem um pouco de confiança, apesar de concordar em ajudá-la.

Em uma trama repleta de reviravoltas, Atômica mostra uma agente que trabalha sozinha, mas que é extremamente competente em seu trabalho. Treinada em diferentes tipos de combate corpo a corpo, excelente mira e fluência em diversas línguas, a agente Broughton percebe que desde o início que sua missão está comprometida por traições e terá de dar mais do que seu melhor para sair viva das duas Berlins.

  Lorraine Broughtonto (Charlize Theron) e Delphine Lasalle (Sofia Boutella). Foto: © Focus Features LLC.
Charlize Theron destaca-se no papel por ter feito a maioria das cenas de ação do filme e demostra comprometimento ao encarnar uma agente secreta de coração frio e focada em seu trabalho. Atômica mostra que produções que evidenciam mulheres fortes e independentes têm tudo para tomar os cinemas e inspirar cada vez mais materiais com protagonistas femininas.

Metida em um jogo complexo onde confiança ou sentimentos não são uma opção, a personagem demostra suas habilidades para desvendar a trama do filme e luta contra agentes russos, franceses, alemães, para obter o resultado dela esperado. O roteiro é feliz em retratar justamente este emaranhado de histórias mostrando as motivações de cada personagem envolvido nos conflitos.

Apesar de se passar no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, o filme não passa uma atmosfera que remete à época da queda do Muro de Berlim. Com um visual bastante moderno, principalmente se tratando de Charlize Theron, que veste uma gama de figurinos que dificilmente caberiam em uma mala de uma agente secreta, a produção poderia ter carregado mais na ambientação e figurinos da época.

A agente Broughton luta contra capangas do inimigo. Foto: © Focus Features LLC
Dois pontos que chamam atenção são, primeiro, o visual arrojado do filme, que mesmo sendo no passado possui uma identidade visual bastante atual e moderna com textos e elementos gráficos em tela durante a história, e segundo a trilha uma sonora bastante presente em diversas cenas regadas com mais alto e bom rock.

A montagem também merece menção já que o expectador é levado, durante todo o filme, do presente para o passado, enquanto a agente Broughton relata toda sua história de dentro de uma sala de interrogatório e os fatos aparecem como flashbacks, trazendo um ritmo interessante para a produção.

Atômica é um filme sobre espionagem que é preciso ficar atento para acompanhar toda evolução da história cheia tramoias, muitas lutas, poder feminino e estilo de de uma das melhores agentes do MI6. Apesar de apanhar muito, Lorraine Broughton procura cumprir sua missão sem dar nenhuma chance aos inimigos demonstrando toda sua capacidade.

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