O último pistoleiro luta para proteger A Torre Negra em um sci-fi western


Quando as realidades de dois mundos colidem ameaçando suas existências, são necessários heróis com habilidades muito específicas para proteger A Torre Negra, centro de todo poder do universo e consequentemente a Terra, que está diretamente ligada a esta estranha nova realidade.

Jake (Tom Taylor) tem sonhos estranhos sempre com os mesmos personagens, que faz questão de retratar em forma de desenhos que cobrem as paredes do seu quarto. Seus sonhos revelam pessoas ruins que querem prejudicá-lo, além de mostrar-lhe um mundo bem diferente do seu todas as noites.

Apesar de explicar para sua mãe e ao psicólogo que vários elementos dos seus sonhos estão se mostrando reais e que ele precisa de ajuda para escapar, os adultos não lhe dão crédito, forçando-o a fugir.

Após desvendar partes de seus sonhos, Jake consegue se transportar para o mundo de seus sonhos, sempre duvidando da existência de um mundo com tanto sofrimento, destruição e personagens tão excêntricos como pistoleiros e magos. Mas ao atravessar o portal que une os mundos, o garoto precisa acreditar já que dá de cara com o próprio pistoleiro dos sonhos. A união dos dois é a única chance de salvar os dois mundos.

Jake (Tom Taylor) descobre que seus sonhos estão ligados a uma ameaça muito real - Foto por Ilze Kitshoff - © 2017 CTMG, Inc. All Rights Reserved

O filme, inspirado na série de Stephen King de mesmo título, trata-se de um universo fantasioso com elementos de faroeste, suspense e sci-fi, que busca contar a história desta outra realidade.

Apesar de ter uma trama com um grande potencial, o filme falha quando deixa de dar ao espectador algumas informações básicas de como o universo da Torre Negra funciona, simplesmente jogando o público em uma história com regras e funcionamento desconhecidos.

Com um personagem interessante e bastante habilidoso, Roland (Idris Elba) possui toda uma história de background sobre os pistoleiros e sua mitologia que poderiam ser melhor explorados, ainda sim entrega para o público boas cenas de ação e incríveis tiros disparados sob o mantra dos pistoleiros podendo disparar até mesmo de olhos fechados, desbancando até John Wick.

Roland (Idris Elba) é o último pistoleiro - Foto por Jessica Miglio - © 2017 CTMG, Inc. All Rights Reserved.

Tudo é desenvolvido com muita rapidez desde a apresentação do universo até a resolução do conflito não havendo uma profundidade na história. Em uma hora e meia é preciso digerir muitas cenas desnecessárias e demoradas, sem que os fatos mais relevantes sejam apresentados de uma vez revelando o objetivo da história e seu desenvolvimento.

O ator Tom Taylor não acrescenta nada de especial na produção e resta a Idris Elba o papel de ator âncora para tornar o filme minimamente interessante. Também sem um diferencial no filme está o ator Matthew McConaughey como o feiticeiro e vilão Walter que não amedronta ou faz uma atuação não clichê do mago do mal.

Apesar de rápida e sem muita profundidade, a história consegue mostrar o desenvolvimento e aumento da confiança de Jake ao conseguir a confiança e amizade de Roland e se mostra um possível candidato para desenvolver suas habilidades junto ao pistoleiro.

A Torre Negra é um filme para assistir sem compromisso e para se distrair. Se este universo continuar nos cinemas seguindo a série de livros de Stephen King, é preciso um pouco mais de desenvolvimento e carinho com a mitologia da história para que assim possa cativar a atenção de fãs e novos espectadores.

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