Abracadabra ainda é assustador depois de tantos anos?


Estamos finalmente no mês de Outubro! E assim, resolvi representar o papel daqueles que também não gostam tanto de filmes super assustadores de Terror ou com temática super pesada.

Convenhamos, sou uma pessoa que não se sente nada bem com filmes que geralmente são um sucesso do gênero, mas ao mesmo tempo, tenho um olhar que consegue me deixar assustada nas sutilezas de certos filmes mais leves feitos para "crianças" no Halloween.

Coloco crianças entre aspas, pois são o público alvo, e eu mesma assisti a obra que apresentarei hoje quando criança, mas que na verdade são macabras iguais só que disfarçadas com mais cores e pitadas de comédia.

Nessa série de postagens sobre os antigos filmes leves de Halloween, vou dar a minha visão atual do filme e comparar levemente com minha sensação de quando assisti quando criança.

A obra de hoje é Abracadabra (Hocus Pocus) de 1993 tem como foco da trama as três famosas irmãs bruxas de Salem Winnie (Bette Midler ), Mary (Kathy Najimy) e Sarah Sanderson (Sarah Jessica Parker) e a dúvida de sua existência. Quando Max (Omri Katz) e sua família se mudam para Salem em Massachusetts, na época do Halloween, o garoto precisa se acostumar com as lendas e tradições da antiga cidade com forte ligação com bruxas.

Ao conhecer Allison (Vinessa Shaw), uma colega de história, duvida que a lenda das irmãs Sanderson seja verdadeira e acaba fazendo um estúpido desafio de ir até a casa das bruxas que atualmente é um museu falido da cidade. Infelizmente para Max, mas felizmente para o desenvolvimento do filme, ele preenche todos os requisitos para concretizar o feitiço de retorno deixado pelas três 300 anos antes. Com as bruxas renascidas por uma noite, as irmãs Sanderson precisam terminar o feitiço para assim viverem para sempre.

Allison, Max e Dani. Foto: Disney

Essa é a história geral do filme, agora vamos para fatos pontuais que eu, reassistindo, considerei assustadores ou até mesmo impróprios para um filme infanto-juvenil.

No início do filme, somos apresentados a antiga Salem na 300 anos antes dos acontecimentos do filme, ali vemos o momento que as bruxas são capturadas após matarem uma criança sugando toda sua força vital e ao amaldiçoar seu irmão para todo sempre como um gato preto. Elas se demonstram verdadeiramente cruéis, o que é bom para o filme, mas dá arrepios.

De fato, para que as irmãs Sanderson fiquem jovens eternamente elas precisam sugar a vida de várias crianças e preparar uma poção nojenta para consumi-las.

A irmã Sarah é completamente promiscua e isso não é só mencionado como mostrado em vários momentos do filme, até mesmo tendo roubado o namorado da irmã Winnie. Além disso, ela é a responsável por cantar a música que atrai as crianças até sua cabana para exterminá-las. Um combo bastante...macabro.

O pobre garoto amaldiçoado em gato preto continua sendo odiado e judiado pelas irmãs e temos situações visuais horríveis envolvendo o animal. Mesmo animal real usado nas filmagens não tendo sofrendo nada grave em tela, os recursos de efeitos especiais nos mostram cenas bem desagradáveis para amantes do felinos. Não somente para as crianças assistindo, mas também para irmã mais nova de Max que tem apenas 8 anos e presencia tudo.

Winnie revive o defunto de seu antigo amor que a traiu para ir atrás das crianças que estão com seu livro de feitiços e descobrimos que ela costurou sua boca com uma agulha cega para que ele nunca mais falasse...a quantidade de detalhes é quase desnecessária.

O linguajar é bastante denso e como já mencionei, as três são bem cruéis em todos os momentos, o que eu quero dizer é que quem quer que esteja assistindo não é poupado de nenhum detalhe sórdido que poderia passar subentendido no roteiro, tudo é dito.

Mary, Winnie e Sarah com o livro de feitiços. Foto: Disney

No filme o livro de feitiços de Winnie é bastante macabro e dito de ter sido feito de peles humanas, além de ele estar claramente vivo e ter sido entregue a ela pelo próprio diabo, que aliás recebe menções e cenas muito boas durante o longa.

O mais assustador de tudo, pois acaba se aproximando mais do real do que bruxas malvadas, defuntos perseguidores, gatos amaldiçoados e etc., é o fato de que ninguém acredita dos três jovens que têm que lidar com a situação de tentar prender ou derrotar três bruxas adultas e sem escrúpulos. Eles ficam sozinhos e são desacreditados e humilhados por tentarem ajudar e pedir ajuda...um pesadelo!

Apesar do filme apresentar todas estas situações que falei acima e com certeza mais algumas, é um filme divertido e dentro da sua proposta de ser um filme de Halloween. Eu como criança não captei ou levei a sério vários destes detalhes e apenas tomava sustinhos e me divertia assistindo um filme assustador nas festinhas de Halloween.

Um último ponto, que inclusive foi uma ótima sacada do filme, foi colocar as irmãs Sanderson confrontando
Capa do CD da Trilha Sonora do filme
a tecnologia já que ficaram ausentes da humanidade por 300 anos. Então temos várias situações engraçadas em que sua ignorância sobre coisas comuns para nossa sociedade as deixam assustadas e quase incapacitas, arrancando muitas risadas do público.

Enfim, essa matéria deve ser levada com leveza já que o intuito é apenas analisar alguns pontos que não percebi nada demais quando assistia lá nos anos 1990! Abracadabra era um dos filmes obrigatórios nas festas de Halloween que fazia na minha casa, claro que assistido com vários amigos fantasiados e muitos doces em nossa volta!

Já assistiram Abracadabra depois de crescidos? Nunca assistiram!?!?! Tem na Netflix! Assistam ou reassistam e compartilhem as impressões de vocês deste clássico da sessão da tarde!

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