Belle é a adaptação de conto de fadas mais relevante da atualidade



De criação e roteiro de Mamoru Hosoda, produzido pelo Studio Chizu e com uma proposta extremamente atual, Belle reconta a história de A Bela e a Fera em um universo digital de desbunde visual, músicas marcantes e história emocionante.

Acompanhamos a pacata vida de Suzu, uma estudante colegial do interior que vive mergulhada em uma depressão após uma perda muito próxima, mas tudo muda quando ela recebe um convite para se juntar à rede U, um novo aplicativo de realidade virtual aumentada com uma imersão não apenas visual, mas de todos os sentidos.


O U cria um avatar baseado nas suas informações físicas e de personalidade, apresentando para o mundo digital uma versão completamente inédita da pessoa, que inclusive deve ser mantida em segredo para que você recomece sua vida e crie uma nova persona para a rede.

Isso quer dizer que você pode virar um famoso do dia pra noite, como acontece com Suzu, que ganha o seu avatar e nomeia-o como Bell, que significa sino assim como seu nome, mas que rapidamente fica conhecida como Belle.



Em sua rápida e surpreendente escalada para a fama, Belle acaba se deparando com outro grande nome do U, mas com uma recepção totalmente contrária da dela. O Dragão é famoso por lutar sem consequências e até prejudicar usuários com sua violência, carrega consigo cicatrizes profundas marcadas em seu próprio avatar.

Suzu fica instantaneamente interessada pelo Dragão e começa a buscar por sua identidade, mas o que descobre é de partir o coração e ela irá quebrar todas as regras do U e se arriscar no mundo real para mudar a situação daquele usuário.



Suzu tem uma relação muito próxima e profunda com a música, que reflete diretamente em Belle, a maior cantora e sensação do U, são muitas músicas incríveis acompanhadas com efeitos visuais que são infinitos no virtual.

Aliás, o próprio U é algo surpreendente, mas não tão distante. Salas e reuniões virtuais já são realidade no mundo de negócios, além de claro, já existir a experiência de imersão nos games com a experiência VR. Recentemente, a empresa Facebook anunciou seu novo projeto Meta, o Metaverso, trocando até mesmo o nome nos aplicativos, pois diz que vai embarcar numa nova era imersiva.


O Metaverso nada mais é do que o próprio U do filme, um espaço digital onde as possibilidades são inúmeras e que amplificará a forma como nos comunicamos e vivemos. O futuro é digital e é muito interessante ver um filme tratando justamente sobre isso, inclusive chamando a atenção para consequências positivas e negativas, um tema tão relevante e atual.

Visualmente, Belle é a mais bela obra que vi nesses últimos tempos. Com cenários maravilhosos e contemplativos é definitivamente uma experiência que vale a pena, pois foge totalmente da estética ocidental encantando com seu diferencial estético, além do apelo da temática.



Belle é uma obra para ser apreciada e sentida, pois sua mensagem de amor, caridade e arte vão além de um produto midiático, e espero que sua voz alcance muito mais pessoas no mundo.

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