Do seu nascimento como meme ao seu crescimento como um ícone da Internet, o Slender Man surgiu em simples histórias como uma criatura alta, alongada e sem rosto que veste um terno preto e é conhecida por perseguir e abduzir pessoas, em especial crianças. O personagem ficou tão popular que foi homenageado em jogos e diversas outras mídias, se tornando uma espécie de lenda urbana da Internet e agora sendo representado em mais um longa sob o título Slender Man: Pesadelo Sem Rosto (Slender Man).
A história segue um grupo de adolescentes que, ouvindo falar do mito do Slender Man, resolve procurar e realizar o ritual para a sua invocação. Em pouco tempo, as jovens começam a ser afetadas por estranhos fenômenos e a ter a sensação de que algo as está perseguindo, não demorando muito para que desaparecimentos comecem a acontecer.
E a trama é basicamente essa. Com a percepção de que algo está claramente errado, Hallie (Julia Goldani Telles), uma das protagonistas, não toma qualquer atitude, a não ser seguir alguns conselhos da já paranóica Wren (Joey King), que claramente acredita que o ritual atraiu algo que não deveria.
Wren (Joey King) e Hallie (Julia Goldani Telles) tentam descobrir o que está acontecendo com elas e suas amigas - Foto: Dana Starbard - © 2018 CTMG, Inc. All Rights Reserved. |
A personagem é extremamente apática e desinteressante e ao mesmo tempo que deve se considerar que ela ainda é uma adolescente, não é comum que após ter algumas de suas melhores amigas desaparecidas, qualquer pessoa resolva sair com um garoto ao invés de mostrar preocupações minimamente reais em relação ao ocorrido.
Ainda que o filme conte com um excelente elenco jovem, a grande maioria deles não é bem explorada, deixando os personagens esquecíveis e difíceis de se relacionar. E mesmo que, por um lado, eles sejam bem construídos no primeiro ato, tudo isso começa a cair a medida que a trama se desenrola (ou tenta se desenrolar) e os previsíveis caminhos tomados não ajudam para isso.
Do mesmo modo, o primeiro ato é formado por uma ambiência cada vez mais pesada e tensa que cria certa apreensão sobre o que está por vir, mas ela brevemente se desfaz em cenas que mais parecem terem sido feitas para reproduzir contos e momentos específicos sobre o Slender Man da Internet do que para fazer sentido na narrativa.
O que isso produz é uma série de cenas cansativas e a impressão de que o diretor Sylvain White não sabia o que fazer o a bizarra criatura que foi colocada em suas mãos. Talvez fosse mais interessante não mostrar tanto do ser ou pelo menos fazer ligações mais reais que melhor explorassem o que ele realmente é, do que ficar no meio do caminho.
Além disso, não há uma revelação inteligente no arco final ou qualquer revelação por assim dizer, deixando a pergunta: Era realmente necessário produzir mais um filme sobre o Slender Man?
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