Star Trek: Sem Fronteiras revive importantes elementos da franquia com ainda mais ação e aventura


Em sua mais nova missão a tripulação da USS Enterprise, volta a explorar as fronteiras do espaço. Dessa vez, desbravando uma nebulosa não mapeada e isolados do alcance da Federação, os protagonistas devem enfrentar perigos desconhecidos, enquanto lidam com conflitos internos e lutam por suas vidas.

Por Eduardo Bélico e Kiki Bélico

No terceiro filme da franquia, a USS Enterprise se encontra há três anos em sua missão de explorar o espaço profundo. Nesse tempo, a tripulação tornou-se mais próxima e ainda mais coesa, mas ainda sim não deixaram de aflorar outros problemas, os principais sendo os dilemas pessoais desenvolvidos pelo Capitão Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto).

A trama realmente se desenrola após atracarem no mais recente posto avançado da Federação, quando se veem diante de uma missão que a só a Enterprise pode cumprir. Diante de situações diversas, a tripulação se vê separada em um ambiente hostil, onde as qualidades individuais de cada um se tornam imprescindíveis para sua sobrevivência.

Foto: Paramount Pictures
Após tomar duras decisões em Além da Escuridão (2013), Kirk assume definitivamente seu papel como capitão juntamente com todos os encargos que o posto carrega. Diferente dos filmes anteriores, ele realmente assume sua posição de liderança se colocando a disposição para resolver quaisquer problemas e tomando frente das decisões críticas.

Com menor destaque, Spock foi novamente bem representado por Zachary Quinto, que teve a oportunidade de fazer uma última homenagem ao icônico Leonard Nimoy, que originalmente interpretou o personagem. Sobre a trama em si, o personagem não teve grandes influências, por outro lado a relação entre Spock e Uhura sofreu uma evolução que pode trazer novas consequências em um futuro próximo.

Scotty (Simon Pegg) e Magro (Karl Urban) funcionam bem como alívio cômico em meio a um clima de bastante tensão, revelando suas posições insubstituíveis em Star Trek. Da mesma forma, Chekov (Anton Yelchin) é trabalhado como um bom coadjuvante ao lado de Kirk, mas é uma pena que o personagem não estará presente nos próximos trabalhos da franquia, devido ao falecimento do ator em 2016.

Jaylah (Sofia Boutella), por sua vez, é um dos principais destaques do filme. Essa nova personagem introduzida não é mais um elemento adicionado à história e apresenta um forte passado que se interliga e vem a adicionar à trama.

Em um primeiro momento sem grande impacto, o vilão Krall, aparenta ser apenas qualquer apêndice à história. No decorrer dos fatos, contudo, a motivação e interação do antagonista passam a se tornar mais evidentes, sendo revelado seu verdadeiro propósito e o porquê de estar presente na trama. Um aspecto que definitivamente não funciona muito no personagem são os infinitos e genéricos soldados, que parecem multiplicar-se a medida que avança com seu plano. Ainda assim, Krall e seus servos, revelam ser uma ameaça necessária.

Talvez por escolha da direção, o filme possui alguns takes bastante escuros que não combinam com outras escolhas mais próximas do tom de Guardiões da Galáxia, que partilha locações, elenco e outros evidentes aspectos. No entanto, não há um efeito negativo, vez que a obra apresenta muito mais tensão do que a produção citada.

Star Trek Beyond (Star Trek: Sem Fronteiras) carrega o espectador para uma nova viagem ao espaço, fazendo jus aos elementos da franquia. Com fortes personagens, tensão e bastante ação é, sem dúvidas, um dos melhores filmes do ano.

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