Bleach supera as expectativas e se apresenta como uma boa adaptação


Um dos grandes estigmas para os fãs da cultura pop japonesa sem sombra de dúvidas são os live actions. Algumas, poucas, produções acabam se sobressaindo e agradando aos fãs, como foi o caso de Rurouni Kenshin, porém outras não tem tanta sorte, como foi o caso de Death Note (tanto a versão japonesa quando a americana) e FullMetal Alchemist.

Quando foi anunciado que Bleach, um dos mangás/animes de maior sucesso do Japão, iria ganhar um filme com atores reais a primeira pergunta que os fãs fizeram foi: isso realmente vai dar certo? As chances de que o filme fosse totalmente criticado pelos fãs eram muito altas, e de certa forma a crítica aconteceu, no caso, antes do lançamento do filme, porém, o que vimos depois foi bem diferente, especialmente com os fãs brasileiros.

Pensando em algo diferente, eu resolvi dividir esse review em dois grandes tópicos, que são: pontos positivos e pontos negativos, pois assim ficará mais fácil e simples mostrar alguns pontos da trama.
  • Pontos positivos:
Ao meu ver, o principal ponto positivo do filme foi a escolha do elenco. Quem já está familiarizado com o ator Sota Fukushi sabe que a personalidade dele é exatamente daquela forma, especialmente se você já conferiu Kamen Rider Fourze, onde o ator viver o personagem principal, que era bem animado, e em alguns aspectos, lembra e muito Ichigo. É interessante notar que existe uma pequena referência ao tokusatsu no filme.

Além de Sota, outro ator que participou de Kamen Rider Fourze foi Ryo Yoshizawa, o Kamen Rider Meteor, que começa como rival do personagem principal e termina como amigo, a mesma dinâmica que existe entre Ishida, personagem que Ryo vive no filme, e Ichigo. A escolha destes dois atores para viver esses personagens em específico foi muito interessante, especialmente porque eles já possuem uma dinâmica anterior, e sabem trabalhar bem em conjunto.

Miyavi caracterizado como Bkyakuya - Foto: Reprodução da Internet
Quando Miyavi foi anunciado como sendo o responsável por viver Byakuya, alguns fãs ficaram receosos, porém, o resultado que o cantor entregou foi bem satisfatório. Eu arrisco a dizer que Miyavi conseguiu deixar o personagem com mais personalidade e menos fechado do que ele normalmente é no começo da história, a interação dele com Taichi Saotome, que deu vida a Ranjii, foi bastante interessante, mesmo em alguns momentos Taichi deixando a desejar na atuação, que ficou um pouco forçada e engessada.

Hana Sugisaki foi a responsável por viver Rukia, que, mesmo não agradando boa parte dos fãs, conseguiu entregar uma dinâmica interessante não só com Miyavi, nas cenas em que Rukia e Byakuya estavam juntos, como também nas que ela e Ichigo estavam juntos, apesar de que, assim como Taichi, Hana entregou também uma atuação um pouco engessada e forçada.

Visual do Grand Fisher no filme - Foto: Reprodução da Internet
É interessante notar que a família de Ichigo teve certa participação na história, levando em conta que o filme adapta o primeiro arco do mangá/anime. O ator, Yosuke Eguchi foi o responsável por viver Isshin, o pai de Ichigo, que participou da trilogia de Rurouni Kenshin no papel de Saito Hajime.

Um dos pontos positivos que surpreendeu a maioria dos fãs foi em relação ao CGI usado nos hollows, que levando em consideração o padrão dos live actions japoneses, foi muito bom e as cenas de lutas, que passaram um pouco da sensação da obra original.
  • Pontos negativos:
Como nem tudo são flores, o filme tem seus lados negativos. Um deles é a total subutilização dos personagens Sado (Yu Koyanagi) e Orihime (Erina Mano, que participou do filme de Kamen Rider Fourze como a Kamen Rider Nadeshiko), que mesmo aparecendo em alguns momentos do filme, não tem seu devido destaque dentro da história, dando a entender que, caso façam uma continuação, eles estarão presentes e ganharão mais destaque.

Souta Fukushi, Ryou Yoshizawa, e Erina Mano relembrando os tempos de Kamen Rider Fourze - Foto: Reprodução da Internet
Outro fator negativo é a duração do filme, que foi de 1h43min, muito pouco tempo para se adaptar um arco inicial que é tão cheio de detalhes e informações. Esse pouco tempo fez com que várias situações passassem correndo e explicações não fossem dadas, levando em conta que uma continuação será feita, e que nela serão explicados alguns quesitos.

Como um todo, Bleach é uma boa adaptação e que parece quebrar o estigma de que todos os live actions são ruins, valendo a pena o tempo que os fãs irão gastar para conferir a obra. Agora tudo que resta é esperar e ver se haverá ou não uma continuação, pois, tudo que os fãs querem agora é ver a Soul Society e as 13 divisões, além é claro, de várias shikais e bankais.

Vamos aguardar ansiosos para saber se teremos pelo menos uma trilogia baseada no arco da Soul Society, caso isso não ocorra, o filme consegue fechar a história de uma maneira simples, ao mesmo tempo em que deixa brechas para uma possível sequência.

1 comentários

  1. Galera do MH !!
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    Eis a série sobre Ishinomori !!! com legendas em inglês !!

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