American Horror Story 1984, uma promissora homenagem ao terror dos anos 80


Lançada em 2011 a série de Terror em formato de antalogia, American Horror Story se popularizou por conta da sua estética e ousadia em trazer elementos para o formato serializado na televisão.

Confesso que apesar de não ser um fã fiel de AHS, a chamada para a nona temporada me chamou mais atenção que as demais. Como fã do gênero slasher e apaixonado pela estética dos filmes de Terror da década de 80, American Horror Story 1984 foi a deixa para que eu voltasse a acompanhar a obra de Ryan Murphy e Brad Falchuk.

É bom deixar claro que não é obrigatório ser fã desse estilo de filme de terror para apreciar o episódio inicial, mas caso você já esteja ambientado provavelmente irá se divertir mais que os demais.

Emma Robert desempenha o papel de Final Girl em AHS 84 - Foto: Reprodução internet

A primeira sequência de Camp Redwood (Episódio 01), se passa no ano de 1970 onde é apresentado pela primeira vez o Acampamento Redwood. Nesse primeiro momento o assassino apelidado de Mr. Jingles promove um massacre em uma das cabanas matando quase todos que estavam ali. A cena claramente homenageia o primeiro Sexta-Feira 13 (1980) onde temos o assassino em primeira pessoa matando os monitores que estavam se divertindo naquela noite. Com direito à cena com "flash branco" a mesma usada quando Pamela Vorhees mata Claudette nos cinco primeiros minutos do filme.

Temos um avanço no tempo e saltamos para o colorido ano de 1984 em uma das cidades mais retratadas nos filmes da época, Los Angeles. É esse ato que o público é apresentado ao elenco principal Brooke (Emma Roberts), Montana (Billie Lourd), Xavier (Cody Fern), Chet (Gus Kenworthy) e Ray (DeRon Horton), cada um deles retratando tipos de personagem vistos em longas slashers, mas com sutis mudanças, feitas talvez para confundir o telespectador já que existe "uma ordem" para cada um desses esteriótipos morrem quando o assassino entra em ação.

Acampamento Redwood, palco do banho de sangue na nova temporada - Foto: Reprodução internet

O grupo decide passar as férias de verão longe da cidade, já que o local irá sediar as Olimpíadas, eles decidem se divertir como monitores no Acampamento Redwood que foi re-aberto por Margaret Booth (Leslie Grossman), uma religiosa que tem uma forte ligação com o local. Apesar de serem avisados pelo frentista do posto de gasolina para não ir a Redwood, os cinco jovens ignoram o alerta e rumam para o acampamento.

Não quero me adentrar na trama do episódio, porque pode tirar boa parte da experiência, mas posso adiantar que nos 50 minutos muita coisa acontece, talvez não no ritmo que eu esperava mas ainda assim aconteceu de forma satisfatória. A revelação do assassino pode tirar um pouco o brilho de AHS 84, embora eu acredite que isso tenha sido feito de forma que em algum momento teremos uma reviravolta interessante, talvez no nível do filme Acampamento Sangrento (1983)?

Diferente de Dead of Summer, seriado de 2016 que tentou ambientar a estética dos anos 80 e falhou em vários aspectos, AHS 84 homenageia e brinca ao mesmo tempo de forma assertiva e nostálgica. A trilha sonora evoca a atmosfera dessa década que somada ao figurino e ambientação alcança o objetivo e faz com que o público anseie para um próximo episódio.

Estética da década de 80 está presente em todo o primeiro episódio - Foto: Reprodução internet

Como citei no inicio do texto, várias referências foram colocadas para "temperar" Camp Redwood, desde O Massacre da Serra Elétrica (1974), Halloween (1978) ou até mesmo Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997), que por mais que não sejam filmes da época, são tão importantes para o gênero quanto os oitentistas.

O elenco carismático e o clima que Ryan e Brad conduziram, chamou novamente minha atenção ao seriado que possivelmente terá sua temporada mais diferente e inusitada. O que vem à seguir?

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