IT - A Coisa é um terror de qualidade que irá redefinir seu conceito de medo


Qualquer leitor ou não leitor já ouviu falar em Stephen King e sabe de sua fama como um dos maiores nomes entre os escritores do gênero de terror, horror e ficção. King foi o responsável por escrever sucessos como Carrie, a Estranha, O Iluminado, A Dança da Morte, O Cemitério e entre outros ícones.

Apesar de todos esses sucessos, muitos o conhecem por ser o responsável pela criação de um certo palhaço demoníaco que ainda hoje consegue assombrar o imaginário de várias pessoas, e boa parte de delas, adultos. IT – A Coisa, é um de seus trabalhos mais consagrados e amados entre os fãs do terror/horror, e foi justamente por isso que eu o escolhi para esse review especial de Halloween.

O livro foi publicado inicialmente nos Estados Unidos em 1986, porém, foi apenas em 2001 que a Editora Objetiva lançou no Brasil a versão traduzida, que continha um total de 1.104 página. Em 2014, a Suma de Letras lançou uma nova versão do livro, com uma nova capa e um total de 1.103 páginas. Essa nova versão acabou se popularizando mais do que a anterior entre os fãs.

A história de IT – A Coisa não é tão simples quanto muita gente acha, já que o livro se passa em dois períodos distintos e que se alternam constantemente. O período em que os personagens são crianças, e é mostrado como o passado, é em 1958; já o período em que os personagens são adultos, e é mostrado como o presente, é em 1985. A diferença de tempo entre o presente e o passado é de 27 anos, e esse fato não é uma simples coincidência ou um acaso, é algo que faz parte da história.

Capa da Objetiva lançada em 2001 - Foto: Reprodução da Internet
O livro segue a história de sete amigos: Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly, que moram na cidade fictícia de Derry, no estado do Maine. Durante as férias escolares de 1958, esses amigos, que acabam sendo conhecidos como o Clube dos Perdedores, embarcam em uma aventura que irá moldar totalmente suas vidas, e coloca em dúvida tudo que eles sabem sobre amizade, amor, confiança e... medo. Porém não um medo bobo. Mas a verdadeira essência do medo. Algo profundo e tenebroso, que os acompanhará durante toda a vida.

É durante o verão de 58 que eles enfrentam pela primeira vez um assassino que vêm deixando marcas de sangue em toda a Derry, a Coisa, ou como também é conhecido, Pennywise, o palhaço dançarino. Esse verão acaba revelando os verdadeiros medos das crianças, colocando em dúvida seus laços e mostrando verdades a respeito deles mesmos e de seus amigos e familiares que eles nunca imaginaram. A presença de Pennywise desperta o pior nas pessoas de Derry.

Apesar dos esforços das crianças, eles conseguem “vencer” Pennywise, porém, fazem uma promessa: caso o palhaço retorne, e ele irá retornar, todos eles devem voltar a Derry para colocar fim de uma vez por todas na onda de assassinados que a Coisa causa na cidade.

27 anos após o primeiro confronto do Clube dos Perdedores com Pennywise, em 85, eles retornam para a cidade para mais uma fez enfrentar não só a Coisa, mas também fantasmas do passado, que acreditavam terem sido esquecidos. Agora esse grupo de amigos terá que mais uma vez reunir a pouca coragem que resta, e expulsar de uma vez por todas o demônio que assombra a cidade a gerações.

Particularmente IT – A Coisa é meu livro favorito de King, justamente devido a temática e pelo antagonista ser um palhaço, que acabou se tornando um medo coletivo no imaginário das pessoas. Nunca fui muito fã do autor, porém, dei uma chance a história devido ao novo filme que foi lançado em 2017 e que me conquistou totalmente.

Para muitos a leitura acaba sendo um pouco densa, já que um livro com 1.103 páginas não é algo muito simples de ser lido ou carregado, somando a isso, ainda tem o tamanho das letras, que dificulta ainda mais a leitura, já que elas são pequenas, e o leitor acaba tendo que fazer um esforço maior para lê-las.

Capa da Suma de Letras lançada em 2014 - Foto: Reprodução da Internet
A forma como King conduz a história, mostrando que os acontecimentos do presente fazem com que lembranças do passado retornem é interessante, apesar de às vezes ser confuso, já que os capítulos são contados pelo ponto de vista dos personagens, e muitas vezes alguns leitores acabam se perdendo. Essa alternância de tempo também pode ser cansativa e confusa, já que muita informação é dada em um capítulo, que às vezes é escrito com longos parágrafos e com muitas páginas, o que impossibilita um descanso. O aconselhável é que a pessoa leia pelo menos 2 capítulos por dia, pois, é quase certeza de que após isso, ela ficará cansada.

Todos os detalhes que são apresentados no decorrer da história se mostram importantes, e vez ou outra o leitor irá notar que está começando a se interessar por Pennywise, mesmo ele sendo uma máquina assassina. Entre todos os detalhes apresentados na história, existe um em particular que se deve prestar bastante atenção, porém não irei falar, já que é um grande spoiler da história. Outro ponto que não é por acaso é o período de 27 anos entre o passado e o presente. King escreveu a história de uma forma que tudo que é apresentado tem sua importância.

Para fechar, IT – A Coisa é uma leitura obrigatória se você gosta de uma boa história de terror/horror e quer se impressionar em como o medo pode de fato corromper e levar uma pessoa a um estado irreversível. Porém, a história também mostrar que, ao superar esse medo, você acaba renascendo como indivíduo, e conseguindo seguir com sua vida, de uma maneira totalmente diferente.

Stephen King conseguiu criar um grande clássico que com toda a certeza ainda será muito comentado no futuro, e claro, muitas pessoas ainda irão ler e ficar traumatizadas com Pennywise, porém, no final, irá valer a pena.

Ficha Técnica

Título: IT – A Coisa
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Ilustração da Capa: Glen Orbik
Número de páginas: 1.103

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