Halloween é um clássico atemporal


Nas vésperas de completar 40 anos da estreia, revisitamos o primeiro capítulo da franquia Halloween para provar que a obra de John Carpenter é atemporal.

Halloween do versátil John Carpenter, apresentou pela primeira vez em 1978 o assassino frio e mortal, Michael Myers. O filme que sofre influências de obras como Psicose (1961), emplacou o gênero Slasher que por sua vez se tornaria uma das principais vertentes do cinema do Terror nos anos 80.

Jamie Lee Curtis e John Carpenter
em cenas dos bastidores - Foto: Reprodução internet
A história começa em 1963 na cidade de Haddonfield, quando Michael ainda criança, esfaqueia sua irmã a sangue frio no dia do Halloween. Quinze anos mais tarde, Myers escapa do sanatório onde estava preso desde a noite que matou Judith Myers. Em seu retorno a Haddonfield, Michael passa a perseguir a estudante Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) enquanto é caçado pelo seu psiquiatra Dr. Loomis (Donald Pleasence).

Apesar de não ficar claro o porquê de Michael perseguir Laurie, o que seria respondido prontamente nas sequências, a relação entre os dois personagens tornou-se um ícone máximo no segmento e suas imagens ficaram atreladas para sempre.

Pouco sangue, mais suspense

Diferente dos Slashers mais modernos, Carpenter optou por seguir uma estética diferente para contar a trama de Halloween. E talvez por isso ele seja tão individual e primoroso.

Parte do filme é vista pela perspectiva de Michael, vemos tudo através dos olhos do assassino, quase como um video-game em primeira pessoa. A cena inicial onde é mostrado como ele matou a sua irmã, emprega uma técnica giallo, comumente vista nas obras de Mario Brava e Dario Argento. Uma cena que mostra como Myers enxerga o mundo e que define o cenário de como será o longa metragem.

Donald Pleasence (Dr. Loomis) no papel que ficou eternizado em sua carreira - Foto: Reprodução internet

Carpenter destaca que o verdadeiro terror não está no evento, e sim o que antecede ele. Halloween é um filme muito mais de tensão e suspense do que um slasher que contém violência gratuita e litros de sangue.

Clássico atemporal

Quase quatro décadas depois Halloween segue como uma das obras máximas do cinema de Terror. O filme emplacou a carreira de John Carpenter que trouxe grandes obras nos anos 1980.

Michael Myers invade a casa onde Laurie Strode está - Foto: Reprodução internet

Michael Myers é o puro mal que se esconde nas sombras e não vai parar até matar todos. Talvez por isso o Dr. Loomis vivia preocupado com o seu paciente fora do hospício ou fora de um caixão. O filme pode não ser considerado o primeiro slasher, já que julgam Black Christmas (1974) e O Massacre da Serra Elétrica (1974) como os percussores. Mas ainda assim impulsionou a chegada de longas como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo e suas eternas sequências.

Halloween é a combinação perfeita do passado e do futuro. Ele carrega a estética dos filmes dos anos 70 ao mesmo tempo que apresenta o que seria o tom dos filmes de terror dos anos seguintes. Se está procurando algo para assistir no Dia das Bruxas, essa provavelmente será uma das melhores opções.

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