Mentes Sombrias é a mais nova saga adaptada completamente esquecível e desinteressante


Adaptações cinematográficas de livros, em especial de sagas voltadas para o público adolescente, tem sido extremamente comuns na última década. No momento em que as grandes produtoras perceberam o quanto poderiam faturar com esse mercado, livros começaram a ser adaptados ininterruptamente e até ao mesmo tempo. Então não é surpresa que com o fim da saga Maze Runner nos cinemas, já tenha sido lançado um possível candidato para atingir esse público com Mentes Sombrias (The Darkest Minds), ainda que isso muito provavelmente não venha a se tornar realidade.

Baseado na série de livros da autora Alexandra Bracken, o longa segue a jovem Ruby (Amandla Stenberg), que tem sua vida tomada de si quando uma estranha doença atinge os Estados Unidos, matando cerca de 90% das crianças e fazendo surgir habilidades sobrenaturais. Os sobreviventes são então levados para campos de concentração onde são divididos de acordo com o tipo e perigo que suas habilidades representam, sendo representados por diferentes cores. Com a ajuda de uma organização contra o regime dos campos, Ruby escapa e acaba conhecendo Liam (Harris Dickinson), Zu (Miya Cech) e Chubs (Skylan Brooks). Juntos, eles procuram por segurança em meio a uma caçada interminável.

Foto por Daniel McFadden - © TM & © 2018 Twentieth Century Fox Film Corporation. All Rights Reserved.

O cenário adotado para a história, assim como a maioria dos filmes do gênero, é um futuro "pós-apocalíptico", onde a sociedade precisa agora se adaptar após um grande trauma. O que deveria ser chocante acaba sendo banal, pois basta procurar em qualquer outro filme dessa alçada para encontrar a mesma disposição de cena.

Por mais que de fato haja a presença dos poderes nos jovens sobreviventes, em todas as outras histórias os protagonistas tem algo de especial que os diferem dos demais. E não só isso, o personagem principal sempre tem algo extremamente único sobre ele que o faz mais especial do que os outros especiais. Na trama, Ruby é designada a cor laranja, sendo uma das últimas sobreviventes dessa cor e tem poderes psíquicos capazes de dominar todos os outros.

Ok, é divertido ver pessoas soltando raios das suas mãos, controlando objetos com a mente e soltando bolas de fogo pela boca...talvez não esse último, mas não basta colocar elementos interessantes para tornar o filme/livro atrativo se os clichês estão por todos os lados e nem mesmo são utilizados de forma inteligente.

Foto por Daniel McFadden - © TM & © 2018 Twentieth Century Fox Film Corporation. All Rights Reserved.

Ainda que no primeiro contato com o trailer tenha lembrado dos X-Men de certo modo, a trama claramente não consegue aproveitar nada do que provavelmente seja a maior referência de uma saga de jovens com poderes. Ao contrário, os personagens são bastante unilaterais e desinteressantes. Ruby perde seus pais e passou anos em um campo de concentração, mas rapidamente se apaixona pelo primeiro rapaz que encontra no seu caminho (que por sinal é o clichê vivo do interesse amoroso nesse tipo de narrativa) e há muito mais foco sobre o desenvolvimento da relação dos dois do que sobre o aprofundamento dos eventos que se seguem.

Claro que não é possível fazer um julgamento apenas sob esses aspectos, primeiro pelo fato de que realmente há um público alvo bastante específico e ainda que não traga nada de novo, Mentes Sombrias pode sim ser aproveitado por esse público.

Além disso, a fotografia e som do filme são ambos bem feitos e ajudam a suportar o conteúdo batido e previsível. De mesmo modo, os efeitos especiais não deixam a desejar, infelizmente qualidade de produção não sustenta um longa.

1 comentários

  1. Pessoal do MH, trago novidades !
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