Condado Macabro homenageia gênero de terror com elementos nacionais


Formado em cinema, Marcos DeBrito que já ganhou cerca de trinta prêmios na área de audiovisual, lança com bastante coerência seu primeiro longa metragem que é uma adaptação de um curta metragem que criou na época de faculdade.

O Brasil caminha em produzir filmes de terror, já tivemos grandes nomes na área nos últimos anos, mas finalmente podemos comemorar nosso próprio filme slasher! Com direito a dezenas de referências e clichês que são parte essencial na construção de longas do gênero. Condado Macabro é uma grande referência aos filmes dos anos 70 e 80 (com a estética bem marcante) imerso dentro da nossa regionalidade.

Uma viagem rumo ao desespero - Foto: Reprodução internet

Na trama, um grupo de cinco jovens que está viajando para uma casa isolada em uma cidadezinha acaba dando carona para um misterioso palhaço. O que eles não sabem é que a casa tem um passado sombrio e que muito em breve uma chacina irá acontecer ali. Enquanto isso um outro palhaço é interrogado por um policial ardiloso que a toda custa irá tentar descobrir o que aconteceu naquela noite sangrenta.

O assassino do filme o Jonas, assim como grande parte do elenco e da atmosfera de Condado Macabro, remete automaticamente ao clássico de Tobe Hopper, O Massacre da Serra Elétrica (1974). Antes de esbravejar e dizer que é uma “cópia”, é bom lembrar que a dupla que dirigiu o filme deixou claro desde o começo que a intenção é homenagear tudo que pertence ao gênero slasher e os filmes pelos quais são aficionados.

Uma das cenas mais chocantes é protagonizada por esse carinha ai - Foto: Reprodução internet

Condado Macabro apenas peca no exagero de piadas em sua primeira metade, o que acaba de certa forma tirando o contexto de suspense e terror. Já a metade final é surpreendentemente perturbadora e contém bastante violência, um prato cheio para os fãs do gênero. Outro ponto que vale a pena ressaltar é o uso de flashbacks e de acontecimentos sobre ponto de vistas diferentes, que gera algo bem interessante.

Diferente dos outros filmes slasher, Condado Macabro consegue em pouco menos de duas horas trabalhar muito bem as histórias dos personagens o que faz com que o telespectador criei empatia por eles.

Apesar do tom humorístico estar presente em algumas partes do filme, Condado Macabro é de tirar o chapéu, não é atoa que levou o prêmio de Melhor Filme Brasileiro no Fantaspoa. É muito gratificante assistir uma produção nacional que não peca nos exageros regionais e não recorre a clichês vistos em semelhantes. E cumpre o dever de homenagear os populares filmes com assassinos mascarados que continuam a fazer sucesso até os dias atuais. Não perca tempo e pegue uma carona para o Condado Macabro, com certeza não irá se arrepender.

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