Sete Homens e Um Destino revive o faroeste em um impressionante filme de ação


Que tal ir para o cinema assistir um filme de faroeste inspirado no clássico cinema japonês de Akira Kurosawa?  Sete Homens e Um Destino é uma produção com tudo que o expectador pode pedir de um filme de ação, além de trazer um gênero de filmes que não é tão explorado pelo cinema nos dias de hoje.

Sete e Homens e Um Destino (The Magnificent Seven) é uma regravação de um filme de 1960, baseado no filme nipônico Sete Samurais (1954), trazendo atores contemporâneos nos papeis principais, ao reviver um clássico do western com sua história situada nos períodos de exploração do solo norte-americano pós Guerra Civil.

Após conhecer dois habitantes de uma pacata e miserável vila no interior dos Estados Unidos, Rose Creek, que lhe fazem uma proposta para salvar seu lar, oferecendo absolutamente tudo que possuem, Sam Chisolm (Denzel Washington), um caubói justiceiro que ganhava a vida eliminando pessoas ruins, decide ajudá-los a se livrarem do ganancioso Bartholomew Bogue, que dominou a cidade para explorar uma mina de ouro.

Bogue é um magnata impiedoso e passará por cima de tudo e todos para conseguir expandir seus negócios. Como o empreendedor agressivo que é, Bogue possui um um exército de capangas que são usados para manter todos seus investimentos sob controle, inclusive a pequena Rose Creek. Sabendo de sua fama, Chisolm, acompanhado de seus dois contratantes, entre eles uma moça que perdeu seu marido pelas mãos de Bogue, saem pelo oeste norte-americano em busca de pessoas com habilidades e coragem capazes de terminar com o domínio de Bogue.

O inesperado componente da equipe de heróis. Foto: Reprodução/Internet
Mas não antes de conhecer e agregar Josh Faraday (Chris Pratt) ao grupo depois salva-lo de suas malandragens e reaver seu cavalo perdido em apostas. Por falta de uma montaria e por um interesse quase que instantâneo em Emma Cullen, sua chefe, Faraday acompanha o bando na missão de reunir os sete magníficos.

Um justiceiro, um trambiqueiro, um fora da lei mexicano (Manuel Garcia-Rulfo), uma lenda no tiro da Guerra Civil (Ethan Hawke), um assassino chinês (Byung-hun Lee), um guerreiro indígena (Martin Sensmeier) e um caçador das montanhas (Vincent D'Onofrio) se juntam pelos mais diversos motivos para salvar a pequena vila e livrar aquelas terras do incômodo Bartholomew Bogue.

Os sete magníficos se juntam com uma facilidade surpreendente, talvez por Chisolm ser conhecido por sua integridade ou gatilho rápido, a questão é que logo o filme se transforma de uma busca por heróis para o planejamento de uma armadilha para reconquistar Rose Creek. Para começar, o grupo precisaria eliminar os capangas que estavam controlando o xerife da cidade, oferecendo para o expectador uma ótima cena de bang bang, enquanto as habilidades de cada um dos personagens é demonstrada.

Com o plano traçado, os sete habilidosos homens começam as preparações para a emboscada, treinando os moradores da vila para atirarem, cavando trincheiras, libertando os trabalhadores da mina, roubando explosivos e montando armadilhas. Devo dizer que a cena em que Bogue aparece com seu exército dá uma certa ansiedade, pois são muitos e prontos para matar por dinheiro, mas é também uma das melhores cenas de ação que já assisti, não perdendo em nada para filmes com estéticas mais atuais ou filmes de heróis.

É o clímax do filme. É nesta cena que toda capacidade dos personagens é explorada e caráteres são revelados. É realmente um fã-service com cenas possíveis e impossíveis enquanto os agora considerados heróis, pois suas procedências são deveras duvidosas, defendem o futuro dos moradores da pequena vila e, mesmo que não entendessem de primeira suas motivações, tornaram-se defensores do oeste norte-americano.

É interessante observar o cuidado com a fotografia do filme, que proporcionou diversas cenas com clichês de filmes de velho-oeste, abusando do plano americano e de closes em revolveres e momentos de tensão pré tiroteios. Os clichês não são ruins, pelo contrário dão um charme e uma pitada de graça para cenas tão conhecidas pelos fãs do gênero, ao ser reproduzida atualmente. Fora o uso de uma paleta próxima ao sépia, que remete aos filmes preto e brancos de faroeste.

Sete e Homens e um Destino vem para provar que clássicos ainda funcionam nos tempos modernos e que é possível desfrutar de um bom filme de ação e rir das diversas situações apresentadas no filme, mesmo que tenha sido desenvolvido, primariamente, para uma audiência passada.





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