Noites de Trevas: Metal 1 abre nova saga de proporções cósmicas com um sombrio mistério


Desde que li pela primeira vez sobre Dark Nights: Metal através do Twitter de Scott Snyder (@Ssnyder1835), que frequentemente comentava sobre o seu lançamento e o sucesso que rapidamente alcançou, passei a querer acompanhar esse inquestionavelmente diferente arco da DC nas HQs. Através da Panini Brasil sob o nome Noites de Trevas: Metal, ele agora se encontra disponível em papel e com direito a capa metalizada que ajuda a construir a imagem única dessa história.

Falarei aqui especialmente do volume 1, composto das histórias Dark Days: The Casting, Dark Days: The Forge e Dark Nights: Metal 1. O arco, com roteiro de Scott Snyder e arte de Greg Capullo, dentre outros grandes nomes, se abre com o prelúdio "Dark Days", que é dividido em duas partes, e é fruto de vários plots semeados ao longo dos Novos 52, servindo agora como a porta de entrada para um dos mais complexos e improváveis casos já investigados pelo Batman.

Seria até mais correto dizer que esse prelúdio não serve para introduzir a história, pois já muita coisa acontece em suas páginas, auxiliando o leitor a se integrar no que está acontecendo e se envolver cada vez mais com um mistério que envolve não só o Batman ou a Liga, como todo o universo da DC. Uma leitura anterior que auxilia sim como um tipo de prelúdio é a serialização do Batman nos Novos 52 pot Snyder e Capullo, especialmente o arco dos volumes 1 e 2 que contam com a Corte das Corujas, além de Gavião Negro (2002) por Geoff Johns, Detective Comics 950, Asa Noturna (2016) 17 e a serialização de Batman por Grant Morrison. Ainda assim, Dark Days é mais do que suficiente para preparar o leitor para Metal.

Foto: Mega Hero

Um tema recorrente nesse primeiro volume é o temor de que algo terrível se aproxima, ainda que em termos de narrativa haja algo bem mais dinâmico e até de certo modo nostálgico em como os personagens interagem, em comparação ao clima mais sombrio que marcos Os Novos 52 em vários momentos. O prelúdio também faz um ótimo trabalho em explicar mais do Metal Enésimo, algo extremamente perigoso e ligado a vários outros elementos desse Universo.

Dark Nights: Metal é forte em justamente se utilizar de inúmeros elementos preexistentes das HQs, sem reformulá-los, mas sim expandindo a mitologia sobre eles. E esse trabalho é feito de uma maneira excelente, criando efeitos diretamente ligados aos personagens, mas também proporções cósmicas. E as graduais mudanças que acontecem a medida que mais desse obscuro mistério é revelado ajudam a construir a ambiência do épico que está por vir.

É então que chegamos a Dark Nights: Metal 1, onde somos jogados em uma batalha a estilo gladiador entre a Liga da Justiça e robôs controlados por Mongul. Depois de uma rápida solução, os heróis retornam a Terra para encontrar parte de Gotham destruída pela aparição de uma montanha no meio da cidade. No interior da montanha, eles encontram uma base secreta, mas antes que possam investigá-la a fundo são interceptados pelos Falcões Negros, uma equipe secreta antiapocalíptica comandada por Kendra Saunders, que os avisa sobre uma invasão em grande escala.

Imagem: Reprodução Internet

Para aprender mais sobre o que está acontecendo, a Liga segue para a Ilha dos Falcões Negros, um local místico, assim como Themyscira, onde aprendemos mais sobre as pesquisas de Carter Hall (previamente visto em Dark Days) e sobre o Multiverso das Trevas.

Esse é talvez o mais importante conceito apresentado em Dark Nights: Metal, pois anteriormente se pensava existirem apenas 52 universos conhecidos. Composto por matéria e energia escuras, O Multiverso das Trevas seria algo mais antigo e vasto que o universo conhecido e o Metal Enésimo seria exatamente a ligação entre este mundo e aquele que já conhecemos. Também aprendemos que neste reino desconhecido tomado pela escuridão há um mal nunca antes visto, Barbatos, que de alguma forma está ligado ao Batman.

O primeiro volume se encerra logo após essa revelação, deixando muito a ser explicado na história que seguirá a partir daí. Mas não sobram dúvidas da capacidade de Snyder para introduzir reviravoltas e revelações catastróficas. Ao final da leitura de Noites de Trevas: Metal, após processar todas as novas informações, só resta a vontade de ler essa história até o fim e ver até onde chegará.

Ficha Técnica

Título: Noites de Trevas: Metal
Editora: Panini Comics
Roteiro: Scott Snyder e James Tynion IV
Arte: Jim Lee, Andy Kubert, John Romita Jr. e Greg Capullo
Capa: Greg Capullo
Número de páginas: 116

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