Godzilla: Planeta dos Monstros é um tímido recomeço para uma trilogia promissora


Em uma época onde o cinema volta a ser infestado por criaturas gigantescas, a Netflix juntamente com a Toho apostam na mesma temática , redirecionando os amantes dos Kaijus para a plataforma de stream de maior sucesso no mundo.

Após o sucesso de crítica com Shin Godzilla (2016), a Toho aposta em mais um longa com o Rei dos Monstros só que dessa vez fugindo dos moldes do que foi apresentado durante as seis últimas décadas substituindo atores de carne e osso por uma surpreendente animação gráfica.

O protagonista, Haru - Foto: Reprodução internet

Na trama que se passa no século XX, a humanidade descobre a existência de uma terrível criatura e, após diversas derrotas, os humanos sobrevivententes fogem da Terra com o proposito de habitar outro planeta. Após uma longa viagem de vinte anos, eles percebem que o planeta escolhido não tinha condições para ser povoado. O protagonista da nova história é Haru, um impulsivo soldado que viu seus pais serem mortos por Godzilla quando ainda era criança, sua missão é vingar a humanidade e reclamar o nosso planeta. Ao voltarem a Terra eles descobrem que já se passaram 20.000 anos e agora todo o ecossistema é controlado por Godzilla.

A história convence e prende o telespectador por bastante tempo nos minutos iniciais, mas se torna massante por conta da grande quantidade de diálogos que servem para apresentar o universo distópico e desenvolver o personagem principal. Toda essa preparação culmina em um final chocante que entrega um cliffhanger “potente” para a sequência, sem medo de mostrar o Rei dos Monstros em toda sua majestade. O longa perde a chance de explorar esse novo universo e tem tudo isso na ponta dos dedos, mas quando passam os minutos, você percebe que ninguém estava tão interessado nisso e só queria de fato mostrar o Godzilla.

O implacável Rei dos Monstros - Foto: Reprodução internet

A animação foi uma grande preocupação por parte da comunidade de fãs que esperavam um anime nos moldes tradicionais. O 3D empregado funciona muito bem quando quer mostrar os grandes planos no espaço e até mesmo a vegetação densa que cresceu no planeta Terra depois desses 20.000 anos que se passaram, mas falha em apresentar outros monstros menores que acabam ficando “escondidos” com os tons de sombreamento. Por sorte as cenas com Godzilla acontecem durante o dia e podemos vê-lo com bastante clareza.

Essa nova versão do Godzilla se assemelha mais com o longa japonês de 2016, onde o único objetivo do filme era como iriam destruir o monstrengo, diferente do Godzilla de 2014 de Gareth Edwards que é retratado apenas como uma força da natureza que busca trazer o equilíbrio ao planeta Terra defendendo ele de outras ameaças. Mas você pode se surpreender com essa nova versão! Ela tem cerca de 300 metros de altura, o maior já mostrado nas telas.

Godzilla: Planeta dos Monstros é uma ótima pedida para os amantes de monstros gigantes, que inclusive irão se surpreender com várias referências logo no inicio do filme. Mas talvez seja preciso uma dose extra de ação para atrair o público que quer ver mais destruição e monstros lutando.


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