Crítica | Vampiros ressurgem assustadores em "The Strain"


Estive pensando a algum tempo atrás, como os vampiros poderiam retornar a televisão depois do sucesso de séries anteriores como "Buffy, a Caça Vampiros", "Angel", "True Blood" e "The Vampire Diaries". Calma, não assisti ainda "Um Drink no Inferno" da Netflix, mas prometo ver em breve.

Mas me surpreendi significativamente com a obra criada por Guilermo del Toro em "The Strain" e vou escrever aqui as minhas considerações da primeira temporada.

O elenco principal da primeira temporada - Foto: Reprodução internet

O conceito de vampirismo foi explorado ao longo das décadas das mais diversas formas. Tivemos obras clássicas como "Drácula" com Bela Lugosi encarnando o personagem principal e outras que exploravam de uma forma mais visceral, a exemplo "30 Dias de Noite". O fato é que a apesar da fórmula se repetir dezenas de vezes, sempre existirão fãs como eu e você para assistir esse tipo de obra.

Até começar essa crítica eu não sabia que "The Strain" era baseado em um livro homônimo escrito por Guilermo del Toro e Chuck Hogan. Obviamente isso atiçou minha curiosidade e irei procurar a obra muito em breve. Em 2006, del Toro escreveu um piloto de uma possível série de suspense para o canal FOX, infelizmente as negociações não deram certo e a emissora descartou o projeto por ele ser sombrio demais. Como resultado, o agente do diretor sugeriu que ele transformasse a história em uma série de livros e foi ai que Chuck entrou como co-escritor.

A "Trilogia da Escuridão" - Foto: Reprodução internet

A parceria entre os dois deu muito certo e a venda dos livros foi muito bem. Isso acabou chamando diversas emissoras e estúdios que queriam comprar os direitos autorais, incluindo a própria FOX (espertinha, não?). Del Toro e Chuck acharam que aquela não era a hora de transformar o livro em uma série, eles esperaram acabar a saga. Em 2011 eles aceitaram a proposta do canal FX, os únicos que prometeram se manter fiéis ao que estava nas páginas da "Trilogia da Escuridão". Estreava em 19 de Novembro de 2013, "The Strain".

A trama começa quando um estranho incidente envolvendo um avião em Nova Iorque acaba chamando a atenção do "Centro de Controle de Doenças" (CCD). O Boeing tinha desaparecido durante o vôo e a estação não conseguia entrar em contato com eles até que a aeronave aparece misteriosamente no pátio do aeroporto. Ephraim Goodweather (Corey Stoll) e Nora Martinez (Mía Maestro), são chamados para descobrir o que aconteceu com os 200 passageiros.

Ao entrarem no avião, os dois doutores da CCD encontram todos os passageiros imóveis e uma espécie de liquido que só pode ser visto com luz negra. Ambos não fazem ideia do que está acontecendo e não encontram nenhuma explicação para tal fenômeno.

Mas quando quatro passageiros acordam subitamente e um caixão de madeira surge no galpão do aeroporto, eles precisam descobrir imediatamente o que está acontecendo e tentar desvendar o mistério que fica cada vez mais mórbido.

Os vampiros se reinventaram

Os protagonistas, Eph e Nora - Foto: Reprodução internet

"The Strain" não é o tipo de série que me chama atenção logo de inicio, acabei assistindo o episódio piloto sem muita expectativa e foi ai que me surpreendi. A narrativa me chamou muita atenção e a forma como vão explicando cada detalhe deixa o telespectador intrigado para saber o que vai vir na sequência.

O enredo é divido em várias tramas e apesar de muitos acharem que isso é um "tiro no pé", The Strain provou o contrário. O seriado consegue explorar muito bem todos os núcleos dos personagens e nenhum deles é irrelevante para a trama maior, as atuações são muito boas e realistas. As cenas que envolvem a família de Eph são as que mais me chamaram atenção por serem profundas e fazer com que todo sobrenatural que está em volta pareça ainda mais real.

Os efeitos especiais são de ponta e um bom fã de horror irá ficar bastante animado com o resultado final. A combinação de CG e maquiagem é tão suave que você passa a acreditar em alguns momentos que os vampiros são de verdade. E falando neles, The Strain abandona tudo que foi visto nos últimos anos (leia Crepúsculo e semelhantes) e traz as criaturas da noite em uma forma mais bestial e violenta. Não pude deixar de notar que os "strigoi" (como também são chamados) são muito parecidos com os vampiros da obra "30 Dias de Noite" de Steve Niles e com os vampiros de "Blade 2" que são também obra de del Toro.

Aliás, essa série está recheada de referências para os fãs mais atentos de filmes envolvendo vampiros. Desde o nome de personagens e citações ao visual de um dos monstrengos.

Como derrotar essa praga? - Foto: Reprodução internet

Terminei a primeira temporada com uma sensação de que algo grande está por vir e com várias perguntas, que espero que sejam sanadas com a segunda temporada (que por sinal já estreou).

0 comentários:

Postar um comentário

My Instagram