Anunciaram o desenhista de Cavaleiros das Trevas 3, mas continuamos desconfiados com o resultado final


Embalados pelo burburinho do vindouro filme entre Superman vs Batman, a DC resolveu capitalizar com o hype saudosista criado por muitos fãs e tirou do armário o mais "novo capítulo" da versão futurista do homem-morcego. Contando com um trabalho conjunto entre Frank Miller (Demolidor, Batman, Sin City, 300) e Brian Azzarello (100 Balas, Mulher-Maravilha), The Dark Knight III – The Master Race teve na San Diego Comic-Con a divulgação de mais um membro da equipe criativa. Trata-se do desenhista Andy Kubert, famoso por desenhar séries como X-Men, 1602 e do próprio homem-morcego. Entretanto, em meio a eufórica empolgação inicial, o que fica é uma desconfiança sobre esta nova empreitada na franquia futurista.

Trazer continuações equivocadas de clássicos graphic novels não é nenhuma novidade nos quadrinhos norte-americanos e a DC parece que está se esforçando muito para ser mestra neste quesito. O próprio Cavaleiro das Trevas já teve uma continuação que não agradou os fãs e demonstrou o princípio de um declínio narrativo do seu autor, que hoje não consegue imprimir mais boas histórias como Homem Sem Medo, Batman – Ano Um e Ronin. Por isso, não é estranho termos a coautoria de Brian Azzarello no projeto, demonstrando que o experiente Miller precisa de sangue novo para inovar no capítulo final da sua história.


Além disso, experiências como Antes de Watchmen conseguem trazer mais dúvidas do que esperanças para o novo Dark Knight. Dividida em oito edições, a nova história englobará contos extras a trama principal, com abordagens em diferentes personagens que vivem no Universo do Cavaleiro das Trevas. Dessa maneira, não fica difícil imaginar que a mesma disparidade encontrada nas histórias prévias ao clássico de Alan Moore se repita neste caso, com uma diferença gritante no nível narrativo e até na qualidade do traço de cada equipe criativa. Nesse caso, a culpa cabe muito mais a uma falta de pulso firme na linha editorial do que nos envolvidos em sua produção. Porém, o público consumidor não vai se preocupar muito com "verdadeiros culpados" em caso de um fracasso.

É lógico que todas essas objeções ainda seguem no campo das ideias. Mas, com tantos exemplos pregressos, fica difícil se animar com mais uma continuação de uma obra que não precisava ser revista novamente. 

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