John Wick foi, para mim, uma descoberta inusitada. Quando inicialmente me deparei com a franquia, não esperava metade da ação e de quão impressionante era o personagem. O protagonista compensa a sua simplicidade nas palavras em sua habilidade de luta, vigor e resistência, sendo uma verdadeira máquina de matar que, em tela, consegue entreter e deixar as consecutivas cenas de ação interessantes. Indo para o terceiro longa, John Wick 3: Parabellum, é mais disso que eu espava.
Seguindo minutos após os eventos do filme anterior, John agora é o alvo número um de praticamente todos os assassinos e mercenários do mundo. Com menos de 60 minutos antes que Nova York inteira se vire contra ele, a trama já começa repleta de tensão que pavimenta como se dará o resto da história.
Nesse jogo de gato e rato, onde o rato é extremamente mortal, vemos John fugindo e matando seus oponentes das mais diversas maneiras por duas horas. Por mais que ação excessiva seja um grande problema para filmes do gênero, em John Wick isso funciona muito bem devido a coreografias bem projetadas e criativas soluções para as inúmeras lutas. Parte da diversão é imaginar como cada vilão será derrotado e como o cenário poderá melhor ser utilizado para isso.
E Keanu Reeves dá vida ao personagem da maneira ideal, passando a sensação que ele realmente é uma criatura sobrenatural feita para o combate. Tiros, socos, quedas, nada parece pará-lo, mas com tantos oponentes, conseguimos ver John chegar aos seus limites.
Os visuais e cores utilizadas contribuem para a construção do longa - Foto: Reprodução Internet |
Para alcançar sua liberdade, John vai até Sofia (Halle Berry), uma assassina treinada que deve um favor a ele. Desse encontro saem algumas das mais bem boladas cenas do filme, pois a personagem usa dois cães treinados para o combate e as coreografias estão excelentes. E por mais que seja inegável dizer que Sofia é uma assassina extremamente capaz, ainda assim preferia ver mais cenas de John passando por seus inimigos com sua pura brutalidade.
O elenco de apoio é outro importante elemento, pois são os diálogos de Ian McShane e Laurence Fishburne que contrapõem o silêncio do protagonista. Com alguns momentos desnecessários, a trama funciona no geral. O que qualquer fã quer ver em um filme de John Wick é elaborada ação e Parabellum entrega isso.
Não apenas nesse quesito, o longa também expande bem esse universo e faz toda a preparação para uma continuação que certamente assistirei. Digo com tranquilidade que essa é uma das melhores franquias do gênero e esse personagem já virou um ícone da cultura pop. Então, contanto que sigam essa fórmula, podem vir quantas continuações quiserem, que elas serão divertidas e bem executadas.
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