Operação Overlord intensifica o terror da guerra com fantasia gore


Julius Avery reconta um dos grandes fatos históricos da humanidade com muito gore e suspense.

Rumorado para ser mais um longa do "Universo Cloverfield", o que foi desmentido tempo depois, Operação Overlord é o primeiro longa metragem produzido por J.J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força) que mistura guerra, ficção científica, terror e gore. Uma junção que em um primeiro momento pode soar bizarra, mas que funciona de uma maneira interessante.

A Verdadeira Operação Overlord

Antes de entrarmos na história do longa, é importante conhecermos de fato o que foi a Operação Overlord. Conhecida também como Batalha de Normandia, essa operação teve inicio no dia 6 de Junho de 1944, uma operação bem sucedida durante a Segunda Guerra Mundial que consistia em ocupar a Europa Ocidental que estava nas mãos dos alemães.

Foto: Peter Mountain - © 2018 Paramount Pictures. All Rights Reserved.

No filme, uma tropa de paraquedistas é enviada para o território inimigo para servir de distração enquanto tentam tomar e derrubar uma torre controlada pelos nazistas. Quando se aproximam do alvo, Boyce (Jovan Adepo) e os outros soldados, descobrem que algo sombrio e macabro está escondido nos laboratórios nazistas perto do vilarejo onde ficaram escondidos.

Misturando elementos

Operação Overlord "brinca" com vários gêneros do cinema entregando um longa único durante a história do Terceiro Reich. Avery evoca toda a atmosfera angustiante da Segunda Guerra com muita verossimilhança, vale ressaltar que é possível em vários momentos sentir a tensão passada pelos soldados por conta das cenas cruas e realistas.

À medida que a história caminha, descobrimos que o foco não será apenas recontar uma passagem histórica. Ao chegarem em um vilarejo próximo à torre dos nazistas, os soldados conhecem Chloe (Mathilde Olivier), uma jovem que teve seus pais mortos pelos alemães e cuida do seu irmão mais novo e sua tia que está muito doente.

O que está escondido nos laboratórios nazistas? - Foto: Peter Mountain
- © 2018 Paramount Pictures. All Rights Reserved.

A atmosfera fica ainda mais densa quando a aparente doença da tia é algo muito mais macabro e que está escondido nos corredores do laboratório Nazista. Em uma missão de reconhecimento do local, Boyce descobre que os cientistas estão realizando experimentos horríveis e re-animando cadáveres para propósitos até então desconhecidos. Nesse momento, o filme mescla elementos de suspense, terror e gore, que aos poucos vai incomodando o telespectador e criando uma imersão profunda na história claustrofóbica e inquietante.

Na trincheira inimiga, temos Pilou Asbæk que interpreta Wafner, um cruel oficial superior do exército nazista que irá buscar todos os meios possíveis para alcançar seus objetivos. O personagem é um elemento central da trama que irá culminar em uma das reviravoltas mais interessantes.

Ponto fora da curva

A ousadia de Operação Overlord faz com que a obra ganhe uma identidade própria e se destaque em filmes que fantasiam situações reais. Os desavisados (que não leram nada do filme), irão se surpreender com o verdadeiro proposito da trama, caso tenham estômago para as cenas violentas e os litros de sangue. Não é um filme para todos, mas o resultado é bem satisfatório.

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