Criador fala sobre o reboot de Heroes

 

O homem por trás de Heroes da NBC, o criador Tim Kring, está dando algumas dicas sobre o plano de reviver o show com a minissérie. A NBC planeja levar Heroes: Reborn ao ar no próximo ano como uma minissérie de 13 episódios. Já está abordo o homem dos óculos,Jack Coleman (Noah Bennet). Mas quantos outros retornam ao elenco? E qual é a visão criativa para a nova série?

Nos últimos dias, dois veteranos de Heroes falaram à imprensa sobre o projeto. Ali Larter (Niki e Barbara Sanders) disse aos repórteres que não poderia participar devido à seu compromisso com o novo drama da TV, Legends (“Eu não tenho tempo para trabalhar em outro projeto") e Zachary Quinto (Sylar) disse que sua agenda também está cheia (“Estive em contato com Tim e ele me disse que eles fariam isso e que deixaram a porta aberta para que eu me envolvesse, o problema é realmente minha disponibilidade... ao mesmo tempo que estou bastante interessado, também estou muito interessado em expandir e desafiar as expectativas dos outros em mim. Não sei se voltar à um personagem definitivamente icônico necessariamente faria isso.”).

Tim Kring também está enterrado em trabalhos, se focando na sua promissora série Dig, uma aventura arqueológica com Jason Isaacs como um agente do FBI trabalhando em Jerusalém e que se encontra em uma conspiração. Ainda assim, Kring respondeu à algumas perguntas da EW sobre o iminente renascimento da sua pioneira série do gênero de 2006:

ENTERTAINMENT WEEKLY: Alguns anos atrás, quando falava sobre Heroes, você disse que o futuro da televisão são séries com temporadas mais curtas e lamentou a agenda do show. E isso está acontecendo, as emissoras estão reconhecendo que não se pode fazer um show altamente serializado com 22 episódios por temporada e manter a mesma qualidade que a TV a cabo. Você sente alguma justificação ai?
Tim Kring: Todos nós que trabalhávamos no gênero serializado, todos sabíamos o modelo dos canais televisivos, onde há séries longas de Setembro a Maio, todos sentíamos a mesma coisa. Estávamos assistindo Breaking Bad ou The Sopranos e o público aguardava pacientemente por um ano, ou meio ano, para os nove episódios e você começava a sentir que ser esparso é uma comodidade válida para o público. Com algo que passa o tempo inteiro, é difícil ser raro e especial quando não é nem raro nem especial. Ter uma ideia limitada é uma maneira bastante moderna de contar uma história e todos aprendemos essa lição com a franquia de Harry Potter quando JK Rowling disse ao mundo inteiro que ela só escreveria sete livros - então você sabia que ao ler o livro 5 seria muito precioso, pois haveria apenas mais dois. E ser esparso realmente o diferencia quando há muito com o que competir pela sua visão.

EW: Então esse é o seu plano para a reencarnação do show?
TK: Para ser honesto, a ideia não veio de mim, veio da NBC para mim. Eles viram o valor na franquia e me perguntaram se eu estava interessado em encabeça-la novamente. E deixamos a história em um lugar em que havia mais história para ser contada. Então dada a oportunidade, eu tive ideia de onde eu queria que a história fosse quando esperávamos por uma quinta temporada e então, quando nos foi dada a oportunidade cinco anos depois, alguns desses mesmos pensamentos estavam lá. Mas cinco anos se passaram e também tive novas ideias sobre como fazer um reboot como uma nova maneira de mostrar a série com uma nova leva de personagens, mas que ainda se situa no mundo de Heroes.

EW: Você pode dar uma ideia de qual é essa visão?

TK: Ela se passa em um universo após a quarta temporada. Então irá conectar algumas das ideias que foram deixadas ao ar.

EW: Um dos primeiros comentários que as pessoas parecem fazer quando escutam sobre esse projeto é que alguns desejam que você não trouxesse personagens anteriores, que começasse do zero. Você pode falar da decisão de retornar com personagens antigos e quanto foco haverá sobre eles?
TK: A vasta maioria é de novos personagens, novas ideias. [Trazer velhos personagens é] realmente para dar um senso de continuidade e um link do mundo original. Se fosse tudo completamente novo, nós sentiríamos falta de certos elementos que precisam estar lá para nos levar a algo novo. Eu entrei em contato com Coleman, pois ele era um personagem que tinha uma espinha ao desenvolver da série que permitia introduzir novos personagens. Então ele é um personagem que eu queria ter certeza que faria um pequeno papel no começo desse projeto.

EW: Dada a nova chance de re-entrar nesse mundo, há alguma lição da primeira vez que você planeja fazer de outra forma?
TK: A primeira já foi falada, e isso é saber para onde você está indo desde o começo com um número determinado de episódios. Nós sabíamos para onde estávamos indo em cada volume, mas nunca soubemos quando a série iria acabar e se deveríamos matar certos personagens. Temos um número determinado de episódios e se pode retornar depois disso não sabemos, mas há liberdade nisso.

EW: Você pode falar de algum novo poder que será introduzido?
TK: Ainda não. E agora, a verdade é que minha atenção está bastante voltada à Dig.

EW: Heroes começou com a onda de séries de TV sobre super heróis nos dias modernos, ainda assim, é mais lembrada pelas críticas sobre suas últimas temporadas do que pelo começo. A certo ponto, você vê isso como uma oportunidade em mudar a narrativa que foi construida ao longo do show?
TK: Eu não estou olhando sobre essa perspectiva. Sempre estive interessado a começar cada temporada. Claro que, como alguém que cresce e amadurece como escritor e contador de histórias, espero que o tempo fora traga uma renovação para a série. Eu sempre vi Heroes como tendo uma mensagem sobre esperança e conectividade global e isso está ainda mais solidificado em mim a medida que envelheci e penso que tenho o suficiente pra dizer em relação ao começo da série. Ainda tenho muito mais para contar.

Fonte: EW

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