Godzilla | Crítica do novo filme


O Rei dos Monstros está de volta!
Novo Godzilla faz uma ponte entre 1954 e 2014 de forma coesa.
Raphael Maiffre e Ana Luiza Bélico

Criado em 1954, Godzilla foi uma alusão clara aos ataques em Hiroshima e Nagazaki na terra do sol nascente. Carregando nas costas mais de 20 longa metragens, o lagartão se consolidou como a maior referência no gênero "Kaiju" e hoje é conhecido como o Rei dos Monstros.

O anuncio do novo filme de "Godzilla" na época assustou uma boa parte dos fãs do monstrengo. A maioria ainda tentava conviver com o fiasco do filme de 1998, o que acabou criando uma certa resistência a uma nova empreitada. Felizmente tivemos a sorte de ter um novo filme dirigido por um fã verdadeiro do Godzilla, o diretor britânico Gareth Edwards que conseguiu respeitar e honrar o legado criado pelo mesmo.

A ponte entre 1954 e as referências ao clássico

Quem assistiu ao clássico de 1954 com certeza não irá se desapontar. Ao longo do filme, diversas referências são espalhadas em cenas bem construídas, não só graficamente, como bem encaixadas na nova história. É um filme que mostra sofrimento relativamente pequeno, com relação ao que poderia ter sido explorado pelo diretor, as mortes não são supervalorizadas e acontecem naturalmente por consequências de um desastre iminente.

O drama humano, um retrato do desastre
Como uma consequência deste fato, Godzilla aparece como uma heroica resposta da natureza para combater as ameaças que estavam antes, adormecidas.

É importante ressaltar que a equipe que produziu o filme demonstrou grande respeito pelo legado de Godzilla e pela história nipônica. O longa, apesar de mostrar tragédias e destruições, é, de certa forma, sutil quando conta a origem histórica e seu desenrolar até os acontecimentos dos dias atuais. Sendo assim, o segundo Godzilla americano presta uma homenagem à obra criada pela Toho e aos fãs do Rei dos Monstros, desta vez tendo em mãos inúmeros efeitos especiais de ponta e um design de monstros bastante elaborado, sem contar na trilha sonora que foi composta por Alexandre Desplat que casa exatamente com a atmosfera do filme.

Ken Watanabe em um papel que reverencia o clássico de 1954
Os atores foram bem escolhidos para representarem os seus papéis, embora não sejam o foco da atenção. Bryan Cranston (Breaking Bad), Juliette Binoche (O Paciente Inglês) e Ken Watanabe (A Origem) são os grandes destaques e importantes para a construção da trama, não tirando o brilho dos novos Aaron Taylor-Johnson (Kick-Ass) e Elizabeth Olsen (Oldboy). O Mega Hero ao assisti-lo sentiu uma leve referências aos clássicos de Steven Spielberg em relação ao suspense e a tensão da obra, semelhante ao que acontece em Tubarão (1975) e Jurassic Park (1993), criando uma expectativa no público e preparando o espectador para a grande aparição do monstro.

O que esperar do futuro do filme?

Godzilla está mais realista do que nunca. O filme segue os passos criados por "Círculo de Fogo" em 2013 e coloca os filmes de "Kaiju" em um outro patamar. O final é deixado em aberto e é vidente que caso faça o sucesso que é esperado, uma continuação pode ser feita.

4 comentários

  1. Ótima matéria! Me deixou ainda mais ansioso em ver o filme!

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  2. Doido pra ver esse trem! rs

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  3. tomara que o filme vingue msm pois foi um bata produção para as comemorações do 60 anos do godzilla agora em 2014.

    ass; trimundial

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  4. Ótima resenha, agora é só esperar seja feita pelo menos uma trilogia do Rei dos Monstros!

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